domingo, 9 de novembro de 2014

De arrepiar


O Grande Prêmio do Brasil foi recheado de emoção do começo ao fim. Já na largada havia uma grande apreensão por conta da briga pela ponta. Nico Rosberg largou na pole e conseguiu manter o seu companheiro e líder do campeonato, Lewis Hamilton, na segunda colocação. Felipe Massa fez uma boa largada e se manteve na terceira posição.

O grande dilema da corrida foi o forte desgaste dos pneus por conta da alta temperatura da pista, o que serviu para dar mais emoção ainda na corrida. Muitos pilotos sofreram com bolhas nos pneus, principalmente no dianteiro direito. Na primeira parada, Massa ultrapassou o limite de velocidade dos boxes ao se atrapalhar com o botão do limitador e tomou 5 segundos de punição ao parar para a segunda troca. Porém o brasileiro manteve sua posição, pois seu companheiro de equipe, Valtteri Bottas, perdeu tempo em sua parada para ajeitar o cinto de segurança, que havia se soltado.

Rosberg se manteve muito regular durante toda a corrida e não teve problemas para cruzar a linha de chegada em primeiro. Antes de fazer sua segunda parada nos boxes, Hamilton errou a freada na Curva do Sol e escapou da pista, fazendo com que o alemão abrisse vantagem na liderança. No entanto, o inglês pisou fundo no acelerador e conseguiu tirar a desvantagem de 7 segundos no fim da prova, mas foi cauteloso preferindo não atacar seu companheiro de equipe, garantindo a segunda colocação na corrida.



Em sua terceira parada Felipe Massa protagonizou uma cena um tanto cômica. O brasileiro se confundiu e já ia parando nos boxes da McLaren, porém percebeu logo o erro e fez sua troca de pneus normalmente. Felizmente esse foi outro erro que não custou caro ao brasileiro, pois Jenson Button que estava em quarto parou na mesma volta e não tirou vantagem do erro de Massa, que conseguiu se garantir na terceira colocação até o fim da prova.




No fim, Nico Rosberg conseguiu sua quinta vitória no campeonato e mais do que isso, ganhou um fôlego a mais para a última etapa do campeonato, nos Emirados Árabes. Lewis Hamilton pagou o preço do seu erro e terminou em segundo, o que não é nenhum desastre já que ele continua na liderança do campeonato e precisa apenas de um segundo lugar em Yas Marina para conquistar seu bicampeonato.




O GP do Brasil certamente foi o mais bacana da temporada. Apesar de o título ser decidido na última corrida, Interlagos contou com uma torcida alucinada que não se vê em qualquer outro autódromo no mundo. A torcida comemorou o terceiro lugar de Felipe Massa como uma grande vitória e o apoio foi gigantesco em todo o final de semana. Agora vamos para a etapa decisiva do campeonato, que promete muita emoção pois os pontos valem dobrados. Hamilton necessita de um segundo lugar para ser campeão e Nico precisa de vencer e torcer para o inglês não chegar em segundo. Para os brasileiros o pódio de Massa deixa um gosto especial e uma esperança em relação ao próximo campeonato, porque ao que tudo indica, a Williams vai estar mais forte ainda no ano que vem e o Brasil será representado por mais um Felipe, o Nasr, que será piloto titular da Sauber. Vamos aguardar e torcer para que o GP Brasil do ano que vem seja ainda mais emocionante e feliz para os brasileiros!

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Tudo pelo tri



Piloto da Ferrari desde 2010, Fernando Alonso mantém o sonho de conquistar pela terceira vez o título de campeão mundial de Fórmula 1, igualando-se à lendas do automobilismo como Ayrton Senna, Nelson Piquet, Niki Lauda, Jack Brabham e Jackie Stewart. Porém, o asturiano não obteve o sucesso esperado na escuderia italiana, na qual disputou cinco temporadas, contando com a atual. Bicampeão com a Renault em 2005 e 2006, o espanhol conquistou três vice-campeonatos pela Ferrari: 2010, 2012 e 2013, sendo que nas temporadas de 2010 e 2012, disputou o título até a última corrida do campeonato.

Apesar de ter conquistado o vice-campeonato, a última temporada foi um desastre para Alonso, que venceu apenas duas corridas no ano, China e Espanha, ambas na primeira metade temporada, o que demostrou a fragilidade da Ferrari no desenvolvimento de seu carro ao longo do campeonato. Em contrapartida, Sebastian Vettel conquistou o título subindo treze vezes no lugar mais alto do pódio, com nove vitórias nas últimas nove provas da temporada.

A temporada atual está sendo a pior da Ferrari desde que o espanhol chegou à equipe. Os italianos brigam com a Williams pelo quarto lugar no campeonato de construtores e o melhor resultado da temporada foi o segundo lugar de Alonso no Grande Prêmio da Hungria. E o cenário para o futuro não é dos mais animadores. Marco Mattiacci, chefe da Ferrari, disse que a equipe possui um projeto de reestruturação de três anos para voltar a vencer, mas Fernando Alonso já está com 33 anos de idade e parece não ter mais paciência para esperar pelo tão aguardado terceiro título de campeão mundial na equipe italiana.

Os rumores indicam que o espanhol deve se transferir para a McLaren na próxima temporada, que contará com os motores da Honda, combinação que fez muito sucesso no passado com Ayrton Senna e Alain Prost na escuderia inglesa. Outro rumor defende que Alonso estava sondando a Mercedes em busca de uma troca com o inglês Lewis Hamilton, o que teria deixado os dirigentes da Ferrari muito incomodados a ponto de decidirem romper com o bicampeão. No entanto, esse último rumor parece não ter fundamento pois Hamilton tem contrato até o fim do ano que vem e não há motivos para sair da equipe alemã nessa temporada. O brasileiro Felipe Massa deu uma declaração afirmando que a vontade do espanhol é mesmo se transferir para a Mercedes, assim, Alonso usaria a temporada de 2015 na McLaren como uma ponte para se transferir no ano seguinte, rumo à equipe alemã.

O fato é que Fernando Alonso está mesmo decidido a fazer de tudo para estar no melhor carro do grid com o objetivo de conquistar o seu tricampeonato. Nos anos de Ferrari o espanhol nunca teve um carro suficientemente bom para conquistar o título e os bons resultados conquistados nos últimos anos foram em decorrência muito mais de sua habilidade como piloto do que pelo trabalho da equipe. O que resta agora é aguardar para ver qual será o destino de Alonso e se a sua próxima equipe irá oferecer um carro à altura do seu talento.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Festa inglesa na Itália


O Grande Prêmio da Itália não ofereceu grandes surpresas, muito pelo contrário, apenas confirmou as expectativas de todos, Mercedes sobrando em relação às demais equipes e a Williams aparecendo como a segunda força do grid, muito por conta da adaptação dos carros ingleses em pistas de alta velocidade. O que ninguém esperava de fato, era que justamente os anfitriões iriam decepcionar os fanáticos tiffosi da Ferrari.

Na largada, o pole Lewis Hamilton foi mal e caiu para o quarto lugar, atrás de Nico Rosberg, Felipe Massa e Kevin Magnussen. O companheiro de Massa, Valtteri Bottas, também fez péssima largada e caiu para a décima primeira posição. Massa não demorou muito tempo para fazer a ultrapassagem em cima de Magnussen e trouxe com ele Lewis Hamilton, que logo superou também o brasileiro. Antes disso, Nico Rosberg passou reto na freada da reta dos boxes mas se manteve na ponta da corrida.

Assim que assumiu a segunda colocação, Lewis Hamilton passou a imprimir um ritmo de corrida muito forte em busca da liderança, apesar de seu engenheiro pedir para que ele não desgastasse os pneus logo no início da prova. O inglês não deu ouvidos a partiu pra cima de Rosberg, que novamente perdeu o ponto de freada no fim da reta dos boxes. Dessa vez não deu para o alemão continuar na ponta e perdeu a liderança para Hamilton, que só teve o trabalho de administrar a vantagem no restante da corrida. Enquanto isso, a briga era acirrada no pelotão intermediário com RBR, McLaren, Ferrari, a Force India de Pérez e a Williams de Valtteri Bottas, que fez uma grande corrida de recuperação e assumiu o quarto lugar no grid. Outro piloto que fez uma grande corrida foi Daniel Ricciardo, que fez belas ultrapassagens, incluindo uma manobra incrível pra cima de seu companheiro de equipe, Sebastian Vettel. Já a equipe da casa não teve uma boa corrida, muito pelo contrário, Fernando Alonso abandonou com problemas no motor e Kimi Raikkonen terminou em um discreto nono lugar.

A corrida terminou com a sétima dobradinha da Mercedes na temporada, com Lewis Hamilton em primeiro lugar. Felipe Massa fez uma corrida bem tranquila e garantiu seu primeiro pódio na temporada, o último havia sido no GP da Espanha do ano passado. Com o pódio de Massa e o quarto lugar de Bottas, a Williams tomou o terceiro lugar da Ferrari no campeonato de construtores, ficando 95 ponto distante da segunda colocada Red Bull. Com a sexta vitória no ano, Lewis Hamilton diminuiu para 22 pontos a desvantagem em relação a Rosberg pela liderança no campeonato. O resultado da corrida foi muito bom para a disputa do campeonato pois a vitória deu um novo ânimo para Hamilton depois do incidente ocorrido na Bélgica e também para o brasileiro Felipe Massa, que deve conseguir resultados mais consistentes daqui pra frente após uma sequência incrível de má sorte. Aliás, vale a pena destacar o carinho que os torcedores italianos tiveram com Massa na cerimônia do pódio, mostrando a forte relação construída ao longo dos oito anos que o brasileiro pilotou pela Ferrari.


Carinho esse que não vemos em muitos "torcedores" brasileiros. É claro que ninguém é obrigado a apoiar o piloto apenas por ele ser do seu país, cada um tem seu piloto preferido, mas torcer contra é péssimo.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Começou a guerra, de verdade


Antes mesmo da primeira corrida da temporada em Melbourne, na Austrália, era muito claro que a equipe Mercedes estava muito a frente dos demais times do grid, muito por conta do seu motor. Como a equipe alemã fabrica seus próprios propulsores, ela levou uma grande vantagem pois pôde projetar o chassi em conformação com as características do motor.

Portanto, os fãs da Fórmula-1 sabiam que mais uma vez haveria uma equipe com um potencial relativamente maior do que as demais, porém, havia uma grande expectativa de uma briga interna dentro da Mercedes pelo título mundial, diferentemente dos últimos quatro anos que foram marcados por uma ampla vantagem de Sebastian Vettel, que tinha como maior rival o espanhol Fernando Alonso sofrendo com os carros decepcionantes da Ferrari. Assim, ficou claro desde o começo que a briga pelo título ficaria mesmo entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton.

Rosberg e Hamilton se conhecem há muito tempo, desde a época em que eles corriam de kart nas competições para iniciantes na Europa. Ambos possuem estilos de pilotagem muito diferentes, o alemão é mais técnico e cerebral, o inglês é mais arrojado e emotivo. Para a Fórmula-1 esse contraste dá uma bela história de ação. Existem vários exemplos desse choque de personalidade e estilo de pilotagem na história da categoria: Lauda/Hunt, Piquet/Mansell e o maior deles, Senna/Prost. No entanto, os dois pilotos afirmavam que a disputa iria acontecer apenas na pista e de forma limpa, não comprometendo a amizade entre eles. Não é bem assim.

As primeiras corridas aconteceram de uma forma mais ou menos esperada, com as duas Mercedes dominando os dois primeiros lugares do grid, tanto nos treinos qualificatórios quanto nas corridas. Após não completar a primeira prova na Austrália vencida por Rosberg em razão de uma falha no motor, Lewis Hamilton encaixou uma sequência de quatro vitórias e alcançou a primeira colocação no campeonato. No GP de Mônaco a disputa começou a ganhar contornos de rivalidade quando Nico Rosberg supostamente causou uma bandeira amarela ao perder o ponto de freada em uma curva, impedindo que Lewis Hamilton completasse sua volta de qualificação. O inglês afirmou que o ato do companheiro de equipe foi proposital.

Não houve nenhum outro conflito entre os pilotos da Mercedes até o GP da Hungria, no qual Hamilton se recusou a obedecer a ordem da equipe para dar passagem ao piloto alemão, que teria de fazer mais uma parada nos boxes. A última corrida, na Bélgica, parece ter sido a gota d'água em uma relação que já vinha sofrendo alguns abalos. O toque de Nico Rosberg em Lewis Hamilton logo na segunda volta não só prejudicou o inglês na corrida como também parece ter colocado fim à já estremecida relação entre os dois e, sem dúvida, fará com que os comandantes da Mercedes passem a controlar o ímpeto de seus pilotos nas corridas seguintes. Apesar da desvantagem de 29 pontos de Lewis Hamilton em relação a Nico Rosberg, o campeonato ainda está em aberto e parece que ficará entre os dois pilotos da escuderia alemã, mesmo com as atuações cada vez mais brilhantes de Daniel Ricciardo, da RBR. Porém uma coisa é certa, a guerra entre Hamilton e Rosberg começou, de verdade.




sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Resumo dos Testes em Jerez de la Frontera

Os testes de pré-temporada em Jerez de la Frontera na Espanha tiveram fim nessa sexta-feira. Não é possível tirar muitas conclusões e nem cravar nada tomando por base esses quatro dias de testes, até porque ainda teremos mais duas sessões de testes no Bahrein. Porém, deu para fazer algumas observações muito relevantes dos novos carros dessa temporada.

Começando pela atual campeã RBR. A equipe de Sebastian Vettel praticamente não andou nos quatro dias de testes em razão de problemas no acerto do motor Renault, que tem dado problema para todas as equipes que utilizam os propulsores da marca francesa e também sofreu com superaquecimento (os mecânicos até improvisaram um furo na carenagem afim de tentar diminuir a temperatura do carro, sem sucesso). Assim, a equipe austríaca voltou mais cedo para casa com o intuito de solucionar os problemas no novo RB10. A verdade é que esses primeiros dias de testes se tornaram uma grande dor de cabeça já de cara para a atual tetra-campeã. Coirmã da RBR, a STR que também utiliza os motores Renault também sofreu com algumas quebras e andou pouco em Jerez.

As duas nanicas do grid, Caterham e Marussia, não apresentaram nada de significativo nesses primeiros testes. O que dá para notar é que a equipe russa, que nessa temporada vai correr empurrada pelo motor Ferrari, parece estar um passo na frente da Caterham, que também corre com motor Renault. Mas essa briga das nanicas vai ser muito boa. A Marussia tem um carro melhor, mas a Caterham contratou Kamui Kobayashi para ser o seu piloto número um e trazer mais experiência. Pra quem gosta de velocidade, o japonês proporciona grandes momentos andando de lado com o carro nas curvas e fazendo belas ultrapassagens.

Nas equipes medianas, a Force Índia surpreendeu marcando bons tempos durante os treinos. A equipe indiana utiliza o motor Mercedes que se mostra muito mais eficiente do que os outros motores, tanto na velocidade quanto na confiabilidade, que será muito importante nessa temporada especialmente. Já a Sauber, que corre de motor Ferrari, foi bem discreta durante os treinos, porém nesse último dia a equipe suíça conseguiu dar um bom número de voltas na pista em comparação com os primeiros dias em que sofreu algumas quebras.

A Mercedes utilizou seus dois pilotos nesse último dia de testes na Espanha. Nico Rosberg guiou pela manhã, Lewis Hamilton guiou na parte da tarde. O fato é que a equipe alemã não conseguiu excelentes tempos, porém como disse Lewis Hamilton, o objetivo não era andar muito rápido e sim dar muitas voltas para testar o carro. Já a McLaren parece se recuperar da "zica" que a assombrava na última temporada e marcou bons tempos, principalmente com o estreante Kevin Magnussen. A Ferrari é outra equipe que parece estar no rumo certo e conseguiu andar rápido com Fernando Alonso, porque Kimi Raikkonen sofreu com problemas nos dois primeiros dias de teste.

Uma boa notícia para os brasileiros é que Felipe Massa andou muito bem nos dois dias de teste em que ele guiou o novo FW36 da Williams. O brasileiro fez o segundo melhor tempo nos treinos de ontem e marcou o melhor tempo nessa sexta-feira.




Confira os tempos do último dia de testes em Jerez de la Frontera:

1) Felipe Massa (Williams-Mercedes) 1m28s229, 86 voltas
2) Fernando Alonso (Ferrari) 1m29s145, 115 voltas
3) Daniel Juncadella (Force India-Mercedes) 1m29s457, 81 voltas
4) Kevin Magnussen (McLaren-Mercedes) 1m30s806, 110 voltas
5) Lewis Hamilton (Mercedes) 1m30s822, 41 voltas
6) Jules Bianchi (Marussia-Ferrari) 1m32s222, 25 voltas
7) Adrian Sutil (Sauber-Ferrari) 1m36s571, 69 voltas
8) Nico Rosberg (Mercedes-Mercedes) 1m36s951, 91 voltas
9) Kamui Kobayashi (Caterham-Renault) 1m43s193, 54 voltas
10) Daniil Kvyat (STR-Renault) 1m44s016, 9 voltas
11) Daniel Ricciardo (RBR-Renault) 1m45s374, 7 voltas

                                                                                                                                                                   


P.S.: Muita gente pode estranhar ao ver o carro da Williams todo pintado de azul escuro e sem patrocínio. A notícia que vem sendo vinculada na imprensa é que a equipe de Felipe Massa está acertando um contrato com a fabricante de bebidas Martini, que irá completar 150 anos de existência. Se isso realmente ocorrer, não será a primeira vez que a fabricante de bebidas patrocina um carro de Fórmula 1. Na década de 70 a Martini patrocinou a Brabham, equipe em que corria o piloto brasileiro José Carlos Pace, que dá nome ao autódromo de Interlagos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A Nova Fórmula 1

A pré-temporada de 2014 da Fórmula 1 começou nessa terça-feira, (28) com os treinos no circuito de Jerez de la Frontera, na Espanha. Como era de se esperar, algumas novidades foram apresentadas nesses primeiros dias de teste - que serão encerrados nesta sexta (31).

O regulamento para essa temporada foi fortemente modificado, a começar pela substituição dos motores V8 de 2.4 litros aspirados pelos motores V6 turbo de 1.6 litros. Outra grande modificação é a diminuição da altura dos bicos em relação ao solo, que antes era de 550 mm e com o novo regulamento passa para 180 mm.

Muitas modificações no regulamento da Fórmula 1 são muito questionáveis, porém as modificações para esse ano têm fundamento. A substituição dos motores aspirados pelos motores turbo faz parte de várias ideias para tornar a Fórmula 1 mais "verde", pois os motores turbo são bem mais econômicos. Muitas pessoas podem se perguntar: "Então por que os motores turbo não eram utilizados?". Na verdade, os motores turbo foram utilizados pela primeira vez em 1977 pela Renault, com o RS01. O Brasil teve o primeiro campeão da chamada Era Turbo, em 1983, com Nelson Piquet e também o último, com Ayrton Senna, em 1988. Os motores turbo tinham um potência bem maior em relação aos aspirados, porém eles eram muito difíceis de guiar em razão dessa imensa potência e também por ser mais imprevisível, causando muitos acidentes. A morte do italiano Elio De Angelis foi o marco final na Era Turbo em 1988. De lá pra cá apenas os motores aspirados foram utilizados. Porém, com os avanços tecnológicos, os motores turbo voltarão às pistas depois de 26 anos, dessa vez sem oferecer riscos à segurança dos pilotos.

Em relação à diminuição da altura dos bicos, a explicação é que em uma batida frontal, o bico mais alto poderia atingir o capacete dos pilotos e causar sérios danos na cabeça. Outra explicação para o rebaixamento do bico é evitar com que os carros se transformem em aviões a saiam decolando literalmente pela pista como aconteceu com Mark Webber em 2010:                                                                                                         
Essa modificação nos bicos gerou um imenso rebuliço por grande parte dos fãs, que acharam o design dos carros extremamente feio. Isso ocorre porque, com a diminuição dos bicos, os carros perdem downforce, prejudicando a aerodinâmica. Para solucionar esse problema no fluxo de ar, os engenheiros criaram uma projeção na ponta dos bicos que desagradou, e muito os fãs de F-1:



                                       

Ferrari e Mercedes foram as exceções e não compartilharam dessa ideia, ao contrário da maioria das equipes, que adotaram esse "nariz" na ponta do bico. Se por um lado os carros ficaram mais feios, por outro lado podemos esperar um campeonato mais equilibrado e emocionante diante das novidades no regulamento desse ano, ao invés das corridas sonolentas das últimas temporadas, onde Sebastian Vettel vencia sem o mínimo esforço.