Começando pela atual campeã RBR. A equipe de Sebastian Vettel praticamente não andou nos quatro dias de testes em razão de problemas no acerto do motor Renault, que tem dado problema para todas as equipes que utilizam os propulsores da marca francesa e também sofreu com superaquecimento (os mecânicos até improvisaram um furo na carenagem afim de tentar diminuir a temperatura do carro, sem sucesso). Assim, a equipe austríaca voltou mais cedo para casa com o intuito de solucionar os problemas no novo RB10. A verdade é que esses primeiros dias de testes se tornaram uma grande dor de cabeça já de cara para a atual tetra-campeã. Coirmã da RBR, a STR que também utiliza os motores Renault também sofreu com algumas quebras e andou pouco em Jerez.
As duas nanicas do grid, Caterham e Marussia, não apresentaram nada de significativo nesses primeiros testes. O que dá para notar é que a equipe russa, que nessa temporada vai correr empurrada pelo motor Ferrari, parece estar um passo na frente da Caterham, que também corre com motor Renault. Mas essa briga das nanicas vai ser muito boa. A Marussia tem um carro melhor, mas a Caterham contratou Kamui Kobayashi para ser o seu piloto número um e trazer mais experiência. Pra quem gosta de velocidade, o japonês proporciona grandes momentos andando de lado com o carro nas curvas e fazendo belas ultrapassagens.
Nas equipes medianas, a Force Índia surpreendeu marcando bons tempos durante os treinos. A equipe indiana utiliza o motor Mercedes que se mostra muito mais eficiente do que os outros motores, tanto na velocidade quanto na confiabilidade, que será muito importante nessa temporada especialmente. Já a Sauber, que corre de motor Ferrari, foi bem discreta durante os treinos, porém nesse último dia a equipe suíça conseguiu dar um bom número de voltas na pista em comparação com os primeiros dias em que sofreu algumas quebras.
A Mercedes utilizou seus dois pilotos nesse último dia de testes na Espanha. Nico Rosberg guiou pela manhã, Lewis Hamilton guiou na parte da tarde. O fato é que a equipe alemã não conseguiu excelentes tempos, porém como disse Lewis Hamilton, o objetivo não era andar muito rápido e sim dar muitas voltas para testar o carro. Já a McLaren parece se recuperar da "zica" que a assombrava na última temporada e marcou bons tempos, principalmente com o estreante Kevin Magnussen. A Ferrari é outra equipe que parece estar no rumo certo e conseguiu andar rápido com Fernando Alonso, porque Kimi Raikkonen sofreu com problemas nos dois primeiros dias de teste.
Uma boa notícia para os brasileiros é que Felipe Massa andou muito bem nos dois dias de teste em que ele guiou o novo FW36 da Williams. O brasileiro fez o segundo melhor tempo nos treinos de ontem e marcou o melhor tempo nessa sexta-feira.
Confira os tempos do último dia de testes em Jerez de la Frontera:
1) Felipe Massa (Williams-Mercedes) 1m28s229, 86 voltas
2) Fernando Alonso (Ferrari) 1m29s145, 115 voltas
3) Daniel Juncadella (Force India-Mercedes) 1m29s457, 81 voltas
4) Kevin Magnussen (McLaren-Mercedes) 1m30s806, 110 voltas
5) Lewis Hamilton (Mercedes) 1m30s822, 41 voltas
6) Jules Bianchi (Marussia-Ferrari) 1m32s222, 25 voltas
7) Adrian Sutil (Sauber-Ferrari) 1m36s571, 69 voltas
8) Nico Rosberg (Mercedes-Mercedes) 1m36s951, 91 voltas
9) Kamui Kobayashi (Caterham-Renault) 1m43s193, 54 voltas
10) Daniil Kvyat (STR-Renault) 1m44s016, 9 voltas
11) Daniel Ricciardo (RBR-Renault) 1m45s374, 7 voltas
P.S.: Muita gente pode estranhar ao ver o carro da Williams todo pintado de azul escuro e sem patrocínio. A notícia que vem sendo vinculada na imprensa é que a equipe de Felipe Massa está acertando um contrato com a fabricante de bebidas Martini, que irá completar 150 anos de existência. Se isso realmente ocorrer, não será a primeira vez que a fabricante de bebidas patrocina um carro de Fórmula 1. Na década de 70 a Martini patrocinou a Brabham, equipe em que corria o piloto brasileiro José Carlos Pace, que dá nome ao autódromo de Interlagos.