segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Festa inglesa na Itália


O Grande Prêmio da Itália não ofereceu grandes surpresas, muito pelo contrário, apenas confirmou as expectativas de todos, Mercedes sobrando em relação às demais equipes e a Williams aparecendo como a segunda força do grid, muito por conta da adaptação dos carros ingleses em pistas de alta velocidade. O que ninguém esperava de fato, era que justamente os anfitriões iriam decepcionar os fanáticos tiffosi da Ferrari.

Na largada, o pole Lewis Hamilton foi mal e caiu para o quarto lugar, atrás de Nico Rosberg, Felipe Massa e Kevin Magnussen. O companheiro de Massa, Valtteri Bottas, também fez péssima largada e caiu para a décima primeira posição. Massa não demorou muito tempo para fazer a ultrapassagem em cima de Magnussen e trouxe com ele Lewis Hamilton, que logo superou também o brasileiro. Antes disso, Nico Rosberg passou reto na freada da reta dos boxes mas se manteve na ponta da corrida.

Assim que assumiu a segunda colocação, Lewis Hamilton passou a imprimir um ritmo de corrida muito forte em busca da liderança, apesar de seu engenheiro pedir para que ele não desgastasse os pneus logo no início da prova. O inglês não deu ouvidos a partiu pra cima de Rosberg, que novamente perdeu o ponto de freada no fim da reta dos boxes. Dessa vez não deu para o alemão continuar na ponta e perdeu a liderança para Hamilton, que só teve o trabalho de administrar a vantagem no restante da corrida. Enquanto isso, a briga era acirrada no pelotão intermediário com RBR, McLaren, Ferrari, a Force India de Pérez e a Williams de Valtteri Bottas, que fez uma grande corrida de recuperação e assumiu o quarto lugar no grid. Outro piloto que fez uma grande corrida foi Daniel Ricciardo, que fez belas ultrapassagens, incluindo uma manobra incrível pra cima de seu companheiro de equipe, Sebastian Vettel. Já a equipe da casa não teve uma boa corrida, muito pelo contrário, Fernando Alonso abandonou com problemas no motor e Kimi Raikkonen terminou em um discreto nono lugar.

A corrida terminou com a sétima dobradinha da Mercedes na temporada, com Lewis Hamilton em primeiro lugar. Felipe Massa fez uma corrida bem tranquila e garantiu seu primeiro pódio na temporada, o último havia sido no GP da Espanha do ano passado. Com o pódio de Massa e o quarto lugar de Bottas, a Williams tomou o terceiro lugar da Ferrari no campeonato de construtores, ficando 95 ponto distante da segunda colocada Red Bull. Com a sexta vitória no ano, Lewis Hamilton diminuiu para 22 pontos a desvantagem em relação a Rosberg pela liderança no campeonato. O resultado da corrida foi muito bom para a disputa do campeonato pois a vitória deu um novo ânimo para Hamilton depois do incidente ocorrido na Bélgica e também para o brasileiro Felipe Massa, que deve conseguir resultados mais consistentes daqui pra frente após uma sequência incrível de má sorte. Aliás, vale a pena destacar o carinho que os torcedores italianos tiveram com Massa na cerimônia do pódio, mostrando a forte relação construída ao longo dos oito anos que o brasileiro pilotou pela Ferrari.


Carinho esse que não vemos em muitos "torcedores" brasileiros. É claro que ninguém é obrigado a apoiar o piloto apenas por ele ser do seu país, cada um tem seu piloto preferido, mas torcer contra é péssimo.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Começou a guerra, de verdade


Antes mesmo da primeira corrida da temporada em Melbourne, na Austrália, era muito claro que a equipe Mercedes estava muito a frente dos demais times do grid, muito por conta do seu motor. Como a equipe alemã fabrica seus próprios propulsores, ela levou uma grande vantagem pois pôde projetar o chassi em conformação com as características do motor.

Portanto, os fãs da Fórmula-1 sabiam que mais uma vez haveria uma equipe com um potencial relativamente maior do que as demais, porém, havia uma grande expectativa de uma briga interna dentro da Mercedes pelo título mundial, diferentemente dos últimos quatro anos que foram marcados por uma ampla vantagem de Sebastian Vettel, que tinha como maior rival o espanhol Fernando Alonso sofrendo com os carros decepcionantes da Ferrari. Assim, ficou claro desde o começo que a briga pelo título ficaria mesmo entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton.

Rosberg e Hamilton se conhecem há muito tempo, desde a época em que eles corriam de kart nas competições para iniciantes na Europa. Ambos possuem estilos de pilotagem muito diferentes, o alemão é mais técnico e cerebral, o inglês é mais arrojado e emotivo. Para a Fórmula-1 esse contraste dá uma bela história de ação. Existem vários exemplos desse choque de personalidade e estilo de pilotagem na história da categoria: Lauda/Hunt, Piquet/Mansell e o maior deles, Senna/Prost. No entanto, os dois pilotos afirmavam que a disputa iria acontecer apenas na pista e de forma limpa, não comprometendo a amizade entre eles. Não é bem assim.

As primeiras corridas aconteceram de uma forma mais ou menos esperada, com as duas Mercedes dominando os dois primeiros lugares do grid, tanto nos treinos qualificatórios quanto nas corridas. Após não completar a primeira prova na Austrália vencida por Rosberg em razão de uma falha no motor, Lewis Hamilton encaixou uma sequência de quatro vitórias e alcançou a primeira colocação no campeonato. No GP de Mônaco a disputa começou a ganhar contornos de rivalidade quando Nico Rosberg supostamente causou uma bandeira amarela ao perder o ponto de freada em uma curva, impedindo que Lewis Hamilton completasse sua volta de qualificação. O inglês afirmou que o ato do companheiro de equipe foi proposital.

Não houve nenhum outro conflito entre os pilotos da Mercedes até o GP da Hungria, no qual Hamilton se recusou a obedecer a ordem da equipe para dar passagem ao piloto alemão, que teria de fazer mais uma parada nos boxes. A última corrida, na Bélgica, parece ter sido a gota d'água em uma relação que já vinha sofrendo alguns abalos. O toque de Nico Rosberg em Lewis Hamilton logo na segunda volta não só prejudicou o inglês na corrida como também parece ter colocado fim à já estremecida relação entre os dois e, sem dúvida, fará com que os comandantes da Mercedes passem a controlar o ímpeto de seus pilotos nas corridas seguintes. Apesar da desvantagem de 29 pontos de Lewis Hamilton em relação a Nico Rosberg, o campeonato ainda está em aberto e parece que ficará entre os dois pilotos da escuderia alemã, mesmo com as atuações cada vez mais brilhantes de Daniel Ricciardo, da RBR. Porém uma coisa é certa, a guerra entre Hamilton e Rosberg começou, de verdade.




sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Resumo dos Testes em Jerez de la Frontera

Os testes de pré-temporada em Jerez de la Frontera na Espanha tiveram fim nessa sexta-feira. Não é possível tirar muitas conclusões e nem cravar nada tomando por base esses quatro dias de testes, até porque ainda teremos mais duas sessões de testes no Bahrein. Porém, deu para fazer algumas observações muito relevantes dos novos carros dessa temporada.

Começando pela atual campeã RBR. A equipe de Sebastian Vettel praticamente não andou nos quatro dias de testes em razão de problemas no acerto do motor Renault, que tem dado problema para todas as equipes que utilizam os propulsores da marca francesa e também sofreu com superaquecimento (os mecânicos até improvisaram um furo na carenagem afim de tentar diminuir a temperatura do carro, sem sucesso). Assim, a equipe austríaca voltou mais cedo para casa com o intuito de solucionar os problemas no novo RB10. A verdade é que esses primeiros dias de testes se tornaram uma grande dor de cabeça já de cara para a atual tetra-campeã. Coirmã da RBR, a STR que também utiliza os motores Renault também sofreu com algumas quebras e andou pouco em Jerez.

As duas nanicas do grid, Caterham e Marussia, não apresentaram nada de significativo nesses primeiros testes. O que dá para notar é que a equipe russa, que nessa temporada vai correr empurrada pelo motor Ferrari, parece estar um passo na frente da Caterham, que também corre com motor Renault. Mas essa briga das nanicas vai ser muito boa. A Marussia tem um carro melhor, mas a Caterham contratou Kamui Kobayashi para ser o seu piloto número um e trazer mais experiência. Pra quem gosta de velocidade, o japonês proporciona grandes momentos andando de lado com o carro nas curvas e fazendo belas ultrapassagens.

Nas equipes medianas, a Force Índia surpreendeu marcando bons tempos durante os treinos. A equipe indiana utiliza o motor Mercedes que se mostra muito mais eficiente do que os outros motores, tanto na velocidade quanto na confiabilidade, que será muito importante nessa temporada especialmente. Já a Sauber, que corre de motor Ferrari, foi bem discreta durante os treinos, porém nesse último dia a equipe suíça conseguiu dar um bom número de voltas na pista em comparação com os primeiros dias em que sofreu algumas quebras.

A Mercedes utilizou seus dois pilotos nesse último dia de testes na Espanha. Nico Rosberg guiou pela manhã, Lewis Hamilton guiou na parte da tarde. O fato é que a equipe alemã não conseguiu excelentes tempos, porém como disse Lewis Hamilton, o objetivo não era andar muito rápido e sim dar muitas voltas para testar o carro. Já a McLaren parece se recuperar da "zica" que a assombrava na última temporada e marcou bons tempos, principalmente com o estreante Kevin Magnussen. A Ferrari é outra equipe que parece estar no rumo certo e conseguiu andar rápido com Fernando Alonso, porque Kimi Raikkonen sofreu com problemas nos dois primeiros dias de teste.

Uma boa notícia para os brasileiros é que Felipe Massa andou muito bem nos dois dias de teste em que ele guiou o novo FW36 da Williams. O brasileiro fez o segundo melhor tempo nos treinos de ontem e marcou o melhor tempo nessa sexta-feira.




Confira os tempos do último dia de testes em Jerez de la Frontera:

1) Felipe Massa (Williams-Mercedes) 1m28s229, 86 voltas
2) Fernando Alonso (Ferrari) 1m29s145, 115 voltas
3) Daniel Juncadella (Force India-Mercedes) 1m29s457, 81 voltas
4) Kevin Magnussen (McLaren-Mercedes) 1m30s806, 110 voltas
5) Lewis Hamilton (Mercedes) 1m30s822, 41 voltas
6) Jules Bianchi (Marussia-Ferrari) 1m32s222, 25 voltas
7) Adrian Sutil (Sauber-Ferrari) 1m36s571, 69 voltas
8) Nico Rosberg (Mercedes-Mercedes) 1m36s951, 91 voltas
9) Kamui Kobayashi (Caterham-Renault) 1m43s193, 54 voltas
10) Daniil Kvyat (STR-Renault) 1m44s016, 9 voltas
11) Daniel Ricciardo (RBR-Renault) 1m45s374, 7 voltas

                                                                                                                                                                   


P.S.: Muita gente pode estranhar ao ver o carro da Williams todo pintado de azul escuro e sem patrocínio. A notícia que vem sendo vinculada na imprensa é que a equipe de Felipe Massa está acertando um contrato com a fabricante de bebidas Martini, que irá completar 150 anos de existência. Se isso realmente ocorrer, não será a primeira vez que a fabricante de bebidas patrocina um carro de Fórmula 1. Na década de 70 a Martini patrocinou a Brabham, equipe em que corria o piloto brasileiro José Carlos Pace, que dá nome ao autódromo de Interlagos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A Nova Fórmula 1

A pré-temporada de 2014 da Fórmula 1 começou nessa terça-feira, (28) com os treinos no circuito de Jerez de la Frontera, na Espanha. Como era de se esperar, algumas novidades foram apresentadas nesses primeiros dias de teste - que serão encerrados nesta sexta (31).

O regulamento para essa temporada foi fortemente modificado, a começar pela substituição dos motores V8 de 2.4 litros aspirados pelos motores V6 turbo de 1.6 litros. Outra grande modificação é a diminuição da altura dos bicos em relação ao solo, que antes era de 550 mm e com o novo regulamento passa para 180 mm.

Muitas modificações no regulamento da Fórmula 1 são muito questionáveis, porém as modificações para esse ano têm fundamento. A substituição dos motores aspirados pelos motores turbo faz parte de várias ideias para tornar a Fórmula 1 mais "verde", pois os motores turbo são bem mais econômicos. Muitas pessoas podem se perguntar: "Então por que os motores turbo não eram utilizados?". Na verdade, os motores turbo foram utilizados pela primeira vez em 1977 pela Renault, com o RS01. O Brasil teve o primeiro campeão da chamada Era Turbo, em 1983, com Nelson Piquet e também o último, com Ayrton Senna, em 1988. Os motores turbo tinham um potência bem maior em relação aos aspirados, porém eles eram muito difíceis de guiar em razão dessa imensa potência e também por ser mais imprevisível, causando muitos acidentes. A morte do italiano Elio De Angelis foi o marco final na Era Turbo em 1988. De lá pra cá apenas os motores aspirados foram utilizados. Porém, com os avanços tecnológicos, os motores turbo voltarão às pistas depois de 26 anos, dessa vez sem oferecer riscos à segurança dos pilotos.

Em relação à diminuição da altura dos bicos, a explicação é que em uma batida frontal, o bico mais alto poderia atingir o capacete dos pilotos e causar sérios danos na cabeça. Outra explicação para o rebaixamento do bico é evitar com que os carros se transformem em aviões a saiam decolando literalmente pela pista como aconteceu com Mark Webber em 2010:                                                                                                         
Essa modificação nos bicos gerou um imenso rebuliço por grande parte dos fãs, que acharam o design dos carros extremamente feio. Isso ocorre porque, com a diminuição dos bicos, os carros perdem downforce, prejudicando a aerodinâmica. Para solucionar esse problema no fluxo de ar, os engenheiros criaram uma projeção na ponta dos bicos que desagradou, e muito os fãs de F-1:



                                       

Ferrari e Mercedes foram as exceções e não compartilharam dessa ideia, ao contrário da maioria das equipes, que adotaram esse "nariz" na ponta do bico. Se por um lado os carros ficaram mais feios, por outro lado podemos esperar um campeonato mais equilibrado e emocionante diante das novidades no regulamento desse ano, ao invés das corridas sonolentas das últimas temporadas, onde Sebastian Vettel vencia sem o mínimo esforço.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O ano da redenção

A temporada de 2013 da Fórmula 1 foi marcada por algumas despedidas. Felipe Massa se despediu da Ferrari - equipe pela qual pilotou durante oito anos -, Kimi Raikkonen deixou a Lotus, Mark Webber largou a RBR e a sua carreira na F-1 de cara pro vento, a Cosworth encerra sua participação no fornecimento de motores após se arrastar nos últimos anos e a F-1 deu adeus aos motores V8 aspirados.

Em contrapartida, 2014 será um ano de novidades para equipes, pilotos, fãs e para a F-1 de uma forma geral. Os motores turbo retornarão depois de 25 anos, agora somente com seis pistões, a aerodinâmica dos carros será modificada, Kimi Raikkonen retorna para a escuderia onde conquistou seu título mundial, o brasileiro Felipe Massa estréia pela equipe de Grove, dentre outras novas.

Com todos esses ingredientes, a temporada de 2014 promete ser bastante peculiar e devemos observar algumas situações que jamais poderíamos sonhar com o cenário de 2013. Isso faz com que a temporada que está por vir permita a redenção daqueles que estavam desacreditados nos últimos tempos.

Começando pela escuderia mais vencedora da história da F-1, a Ferrari tem a chance de ouro que pediu aos deuses do automobilismo para fazer frente à Red Bull. Com os motores turbo e as definições aerodinâmicas modificadas, a equipe de Maranello contratou sangue novo na parte técnica para colocar o cavallino rampante no páreo novamente, sem contar com o reforço do Iceman Kimi Raikkonen que retorna depois de quatro anos, mais experiente e mais veloz do que nunca.

Fernando Alonso é outro que procura sua redenção e com seu espírito de samurai vai tentar de tudo para conseguir o tricampeonato com o carrinho vermelho. Muito conhecido por sua raça e persistência, o Príncipe das Astúrias entra em 2014 com a faca nos dentes e sangue nos olhos para conseguir o que para ele virou questão de orgulho: ser campeão mundial com a Ferrari.

Lewis Hamilton é um dos principais pilotos do grid da F-1 na atualidade e assim como Fernando Alonso, o pai do Roscoe vai fazer o possível e o impossível para vencer o campeonato mundial novamente. Para isso, Hamilton vai contar com a experiência que adquiriu em 2013 no seu primeiro ano com a Mercedes e também com a estrutura da equipe alemã, principalmente em relação ao motor, que muitos dizem estar um passo à frente dos demais propulsores.

A Williams é uma das principais equipes da história da F-1 e junto com Ferrari e McLaren forma o que se chama de Big Three da Fórmula 1. O fato é que a equipe de Grove não disputa um campeonato digno há quase dez anos e enfrenta muitas dificuldades, inclusive financeiras, para figurar dentre as equipes do topo do campeonato mundial. Com algumas contratações para a área de engenharia e principalmente a contratação de Pat Symonds, a equipe inglesa espera dar um passo à frente, contando ainda com o fato de ter à disposição o motor Mercedes e também um novo piloto número 1, Felipe Massa.

Aliás, Felipe Massa talvez seja aquele que mais se enquadre nesse contexto de redenção. Depois de passar quatro anos sofrendo nas mãos de Fernando Alonso na Ferrari, o brasileiro tem a chance de provar novamente o seu valor como líder de uma grande equipe. A temporada de 2014 será marcada por muitas incertezas para Felipe Massa, principalmente por estar fazendo parte de uma equipe gigante que sempre enche a todos de expectativa na pré-temporada, mas que tem decepcionado e muito quando a competição se inicia pra valer. Estrutura a Williams tem, dinheiro nem tanto, mas o velho Frank sabe o caminho das pedras e o brasileiro que um dia já foi chamado de o Novo Senna não pode ter se esquecido de como se pilota um carro de F-1.

sábado, 28 de setembro de 2013

Piloto

Todo início é complicado. Assim como um jovem piloto entrando pela primeira vez em um cobiçado cockpit de um carro de F-1, eu começo esse blog com vontade de meter o pé na tábua e acelerar nas notícias envolvendo a maior categoria do automobilismo mundial.

Sendo assim, não vamos perder tempo e começaremos a falar sobre essa reta final da temporada 2014 da F-1. O título mundial está praticamente destinado àquele que pode ser tornar o terceiro piloto na história a conquistar um tetracampeonato consecutivo: Sebastian Vettel. O piloto alemão possui o carro mais equilibrado e competitivo do grid, aliás isso acontece desde o primeiro título conquistado por ele em 2010, mas não estou querendo tirar os méritos de Seb, que, a cada grande prêmio se mostra um piloto extremamente talentoso e consegue aliar duas características que só os grandes conseguem: velocidade e inteligência pra pilotar.

Dentre aqueles que estavam brigando pelo título com Sebastian Vettel, Kimi Raikkonen está de malas prontas para seguir rumo à escuderia mais vencedora da história, a Ferrari, onde o Iceman conquistou seu único título mundial, em 2007, que também é o último título de piloto da equipe italiana. Com problemas financeiros, a Lotus não conseguiu convencer seu primeiro piloto a seguir liderando a equipe mais "descolada" da F-1. Analisando calmamente a situação, parece que os problemas realmente são graves pois o finlandês tinha tudo o que queria: a equipe toda trabalhando para ele, um carro competitivo principalmente no ritmo e no desgaste dos pneus e também o fato de não ter que participar dos compromissos publicitários que o Homem de Gelo acha um porre.

Fernando Alonso como sempre, foi muito destemido e batalhador pilotando um carro que parecia ser ótimo no início do campeonato mas que ao longo do ano foi ficando para trás e em algumas corridas demonstrava um bom ritmo, ou seja, tinha alguns lampejos. Duelando contra uma RBR que demonstrava ter excelente ritmo em praticamente todas as corridas, o espanhol agora aposta suas fichas na sua famosa sorte para tentar tirar o já quase garantido título de Sebastian Vettel. Parece impossível acreditar que o Príncipe das Astúrias ficará com o título desse ano, mas não é novidade pra ninguém que Don Alonso nasceu com o bumbum virado pra Lua.

Aquele que em minha humilde opinião, é o piloto mais destemido, arrojado e veloz do grid da F-1, Lewis Hamilton fez um campeonato de altos e baixos em 2013. Pela primeira vez pilotando fora de Woking, o britânico não teve problemas para se manter à frente de seu companheiro de equipe, o alemão Nico Rosberg, porém, Hamilton sofreu muito no início no campeonato com o desgaste dos pneus da sua Mercedes prateada e durante a temporada, com erros individuais que atrapalharam sua vida ao longo do campeonato.

Olhando para trás, realmente parece que nenhum desses pilotos tiveram condições e carro para derrotar a dupla imbatível RBR-Vettel.